a leucemia eosinofílica crónica associada ao PDGFRA

a leucemia eosinofílica crónica associada ao PDGFRA é causada por mutações no gene do PDGFRA. Esta condição geralmente ocorre como resultado de rearranjos genéticos que fundem parte do gene PDGFRA com parte de outro gene. Raramente, alterações nos blocos de construção do ADN único (mutações pontuais) no gene PDGFRA são encontradas em pessoas com esta condição. Rearranjos genéticos e mutações pontuais que afetam o gene PDGFRA são mutações somáticas, que são mutações adquiridas durante a vida de uma pessoa que estão presentes apenas em certas células. A mutação somática ocorre, inicialmente, em uma única célula, que continua a crescer e se dividir, produzindo um grupo de células com a mesma mutação (uma população clonal).

a anomalia genética mais comum na leucemia eosinofílica crónica associada ao PDGFRA resulta de uma eliminação de material genético do cromossoma 4, que reúne parte do gene PDGFRA e parte do gene FIP1L1, criando o gene de fusão FIP1L1-PDGFRA.

o gene FIP1L1 fornece instruções para uma proteína que desempenha um papel na formação dos planos genéticos para fazer proteínas (ARN mensageiro ou ARNm).

o gene PDGFRA fornece instruções para fazer uma proteína receptora que é encontrada na membrana celular de certos tipos de células. As proteínas receptoras têm locais específicos em que certas outras proteínas, chamadas ligantes, se encaixam como chaves em fechaduras. Quando o ligante se liga( liga-se), a proteína do receptor PDGFRA é ligada (activada), o que leva à activação de uma série de proteínas em múltiplas vias sinalizadoras. Estas vias de sinalização controlam muitos processos celulares importantes, como crescimento celular e divisão (proliferação) e sobrevivência celular.

o gene de fusão FIP1L1-PDGFRA (bem como outros genes de fusão PDGFRA) fornece instruções para fazer uma proteína de fusão que tem a função da proteína normal PDGFRA. Contudo, a proteína de fusão não requer a activação da ligação ao ligante. Similarmente, mutações pontuais no gene PDGFRA podem resultar em uma proteína PDGFRA que é ativada sem ligação ligando. Como resultado, as vias sinalizadoras são constantemente ativadas (constitutivamente ativadas), o que aumenta a proliferação e sobrevivência das células. Quando a mutação do gene de fusão FIP1L1-PDGFRA ou mutações pontuais no gene PDGFRA ocorrem em precursores de células sanguíneas, o crescimento de eosinófilos (e, ocasionalmente, de outras células sanguíneas, tais como neutrófilos e mastócitos) é mal controlado, levando à leucemia eosinofílica crónica associada ao PDGFRA. Não está claro por que os eosinófilos são preferencialmente afetados por esta mudança genética.

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